quarta-feira, 11 de maio de 2011

DO CAMPO AO GABINETE


CAROLINA BAHIA - ZERO HORA 11/05/2011

O Código Florestal possível deverá ser votado hoje na Câmara. O argumento de que a discussão ocorreu de afogadilho, sem tempo para que entidades ambientais se posicionassem, não é verdadeiro. Há pelo menos três anos esse assunto está sendo discutido em Brasília.

Entidades ambientalistas e ruralistas conversaram várias vezes e chegaram a fechar pontos de acordo. Mas a disputa política, o discurso para a opinião pública, sempre foi mais forte do que o debate equilibrado. E mais: o adiamento da nova lei nunca assegurou a floresta em pé.

O mais importante é ter regras claras para o plantio e a preservação daqui para frente, inclusive com fiscalização, impedindo novos desmatamentos sem prejudicar a safra.

No caso específico do Rio Grande do Sul, o que não se podia permitir é que pequenos agricultores abrissem mão de áreas tradicionais de produção, fonte de renda para a família.

Isso pode parecer absolutamente factível para quem está dentro de um gabinete e não tira o sustento da terra. Que a mesma lógica, baseada na harmonia entre produção e preservação ambiental sem revanchismos, se repita no Senado.

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