domingo, 15 de maio de 2011

O DIA DA FLORESTA

Dia 21 de março é o dia da floresta. Pouco lembrado e nada comemorado. Sobrou o novo Código fForestal brasileiro que está em discussão no congresso nacional em meio a uma polemica que por interesses diversos colocou de um lado os produtores rurais e de outro os ambientalistas, como que se somente estes dois grupos estão envolvidos nas barbaridades que são cometidas contra o ambiente natural e consequentemente ao bem estar da sociedade.

Devemos reconhecer que o código florestal vigente é de 1965 e vem perseguido por uma cordoeira de decretos e outros títulos legais que vão emaranhando e enredando a situação de tal forma que por vezes fica muito complicado se tomar uma decisão e logo tudo acaba soterrando os tribunais de questões longas e quase infindáveis. Logo o novo Código florestal é bem vindo.

Vejamos, porém, o que acontece na real. Os grandes empreendimento empresariais, que são plantados em meio a áreas de preservação, como hidroelétricas, outros como empresas que produzem rejeitos tóxicos e por conveniência procuram se estabelecer próximo de cursos de água doce, ou até mesmo do mar como as usinas atômicas. Em consequência temos ao passar do tempo, na acomodação do descuido, situações reais tipo a mortandade de peixe do rio dos sinos na região da grande Porto Alegre.
Todo dia vemos na grande mídia, apresentação de empreendimentos, sejam residenciais ou comerciais, em áreas de preservação e com comprometimento sério de ecossistemas, muitas vezes frágeis. Estes ainda são acompanhados da destruição da vegetação nativa e acrescidos da implantação de um novo formato, exigido pelo ajardinamento decorativo, trazendo espécies exóticas para povoar o espaço proposto e construído.
Assim o homem vai mesclando culturas, disseminando e introduzindo espécies de um lado para outro. O fundamentalismo ambiental pode até mesmo perguntar: A beleza do ambiente natural não está dentro de suas diversidades?

Mas esta discussão de código Florestal não está buscando esta harmonia integrada com respeito às diversidades, existe por aí um gigante que se chama desenvolvimento. Ele se apresenta com um viés de sabedoria, coloca no palco ambientalista e produtor rural e, por traz da cortina esconde aqueles que processam petróleo, destroem reservas de minerais, soterram manguezais, desviam cursos hídricos e por conseqüência levam junto toda uma mata que levou séculos a ser formada e lá se vão espécies nativas que poderiam ser as essências que irão compor as defesas da humanidade no futuro.

Energia elétrica, metais, plástico e petróleo, por exemplo, não sairão mais de nossas vidas é uma exigência dos tempos modernos, agora temos que concordar, é possível salvar muito mais do que hoje é destruído pelo crescimento desordenado. Um bom Código Florestal pode motivar a uma reeducação do comportamento social e um melhor relacionamento com o ambiente natural.

José Alberto Pinheiro Vieira - A NOTÍCIA DE SÃO LUIZ GONZAGA, 30/03/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário